ghiblicore e o ótimo mau humor
até nós, mau humorados, sabemos que a vida precisa ser lúdica
CAPITONÊ


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Semana passada lancei alguns itens da minha coleção de fã de studio ghibli. foram dois modelos de capas de almofada, um bloquinho e reposição das cartelas de adesivos (além das canecas que são de lei).
Fotografei os novos produtos e pensei no próprio Miyazaki e sua rabugice e o quanto eu me identifico não só com as mensagens otimistas (e acima de tudo, sinceras) dos filmes, mas também com o pessimismo do diretor.
Eu entendo como pessoas conscientes demais das mazelas de tudo são as mais capazes de fazer rir e projetar otimismo (aquele profundo, não o óbvio). É um antídoto de nós mesmos (humildemente me coloco nesse balaio), uma forma de buscar equilíbrio e também sobriedade perante a vida.
Realmente o mundo pode ser desolador. Sentir isso é sinal de presença. Fazemos parte de um todo, estamos o tempo todo definindo o que somos a partir do que tocamos com a nossa vivência da realidade. Não existe maturidade nenhuma na negação do “negativo”. Isso seria uma forma de desespero. Não se deve negar a existência de nada e sim processar as coisas da melhor forma possível.
O que considero saudável é abrir mão do maniqueísmo e transitar com sinceridade por tudo que é ruim e também por tudo que é maravilhoso.
É ser capaz de sentir coisas ruins em consonância com a realidade, pois somos humanos, mas diluir esse amargor com a criatividade (também algo muito humano) manifestando coisas doces, lúdicas e divertidas, como uma forma de colaborar com um mundo mais acolhedor e generoso, apesar de tudo.
É a dicotomia do mau humorado, que eu adoro falar por aí. O “ótimo mau humor”.
obs: agora me peguei pensando nos personagens mais queridos do universo ghibli. Jiji, Calcifer, Sem Rosto, Muta.. todos adoravelmente rabugentos. E o mais incrível? Eles muitas vezes são como guias dos personagens principais!


te vejo no meu site?
bella